impressão fine art

img_top_fine_art_2.png

 

01 - Longevidade da impressão fine art

02 - Compatibilidade: papel, canvas e tinta

03 - Assumindo algumas definições

04 - Colecionismo

05 - Sete mitos sobre a Fine Art

06 - Quanto custa uma impressão Fine Art?

 

01_thumbs_1500x600px.png

 

01 - Longevidade da impressão fine art

 

Emoldurada e manuseada adequadamente, a impressão fine art pode alcançar longevidade de mais de 150 anos.
Porém, falar da durabilidade das impressões fine art em Megalux-hora é a maneira mais técnica de avaliar a resistência ao desbotamento pela luz. Além do tempo, a quantidade de luz recebida é determinante para o tamanho da vida útil da impressão.

 

Existem critérios de classificação da durabilidade à luz. Eles se chamam Conservation Display Ratings ou CDR e informam os limites de Megalux-hora que uma impressão pode suportar e ainda permanecer em excelentes condições, ou seja, onde se observa “pouco ou nenhum desbotamento perceptível”. 

 

As classificações de exposição de conservação mais rigorosas são importantes para servir como orientação especializada para colecionadores, curadores, conservadores e artistas que buscam garantir os mais altos padrões de manuseio, armazenamento e exibição de obras de arte sob seus cuidados, para que a intenção original do artista seja preservada.

 

A Impresão Fine Art é o processo de transferir artes digitais  para papéis de altíssima qualidade com tintas de pigmento mineral. Ela vem sendo usada mundialmente por artistas além de exigida pelos mais renomados colecionadores, decoradores, museus e galerias.

Ela é definida pela longevidade, conservação e preservação dos impressos, sem perda de qualidade, alteração de cor ou desbotamento das tintas e do papel, quando conservados em condições adequadas.

 

O padrão Fine Art, exige três elementos: O Papel ou Canvas certificados e normatizados, tintas de pigmento mineral e impressora especial com um moderno sistema de gerenciamento de cor.



Todo o processo de impressão requer cuidados especiais, como um gerenciamento rigoroso de equipamentos e dos insumos utilizados. Como o material utilizado é delicado demais, o manuseio deve acontecer somente com o uso de luvas para não correr risco de sua obra de arte sofrer alguma marca mais agressiva.
 
Por todas essas especificidades as impressões Fine Art se tornam verdadeiras obras de arte, com reprodução de alta qualidade, cores mais vívidas e resistência ao tempo.

 

07_thumbs_1500x600px.png

 

02 - Compatibilidade: papel e tinta

 

No site Freestylephoto existe uma tabela com vários fabricantes e tipos de papéis, suas características, compatibilidade com o tipo de tinta (corante ou pigmento) e a nota que eles dão para cada um, vale a pena conhecer um pouco desse universo.

 

Para sabemos as recomendações e critérios que produzem uma obra duradoura, existem alguns testes que simulam anos de exposição à luz e o esmaecimento da imagem no papel podem estipular a longevidade da imagem impressa.

 

Pesquisas e Testes: A Aardenburg Imaging and Archives é uma organização sem fins lucrativos que realiza pesquisas e testes relacionados à imagem e impressão. Você pode fazer seu cadastro gratuito e ter acesso aos relatórios e demais materiais. São bem técnicos, mas abrangem vários modelos de impressoras e os mais variados tipos de papéis.

 

16_thumbs_1500x600px.png

 

03 - Assumindo algumas definições

 

Mesmo que não sejam unanimidade, a arte e seus significados sempre seguiram caminhos nebulosos, com diversas divisões e categorias. Uma dessas divisões é a que separa artes aplicadas (applied arts) de belas artes (fine arts): simplificando muito, as primeiras seriam a produção de objetos esteticamente agradáveis e criativos, porém de uso prático, cotidiano e funcional, enquanto as belas artes seriam as atividades que tem como objetivo a produção de itens destinados ao estímulo intelectual.
 
A divisão nem sempre é tão clara, porque arquitetura é considerada uma das belas artes, enquanto engenharia seria arte (ou habilidade) aplicada – e ambas estão envolvidas na construção de uma edificação, por exemplo.

Por outro lado, ofícios como fotografia ou impressão (que depois de Gutenberg passou a ter também propósitos mais utilitários do que a produção de gravuras) sempre tiveram um pé aqui e outro acolá, precisando recorrer a prefixos para definir sua utilização; termos como “impressão comercial” e “impressão fineart” mostram qual é a utilidade dessa impressão e qual o grau de cuidado e habilidade investidos em sua elaboração.

 

Na expressão “impressão fineart”, a habilidade e nobreza (o “fine” da questão, herança dos tempos em que a arte não separava o belo do habilidoso) está ligado ao processo da impressão, não ao que está sendo impresso. Apesar disso, o que exatamente será impresso tem um peso enorme na definição da utilidade do objeto final, o que faz com que essa divisão entre “fineart” e “comercial” seja de certa forma tola se voltarmos às definições originais de belas artes e artes aplicadas; mas a expressão pegou, e tem lá sua utilidade.

Ilustrações são produzidas para as mais diversas finalidades: algumas são efêmeras por natureza e residem em mídias difíceis de controlar em termos de cor e qualidade de reprodução, como as ilustrações para revistas ou mesmo para sites na internet; outras são feitas para durar o máximo de tempo possível e cumprem elevados requisitos de cor, detalhamento e qualidade – são objetos de colecionismo, valiosos financeira ou emocionalmente.

 

Fineart printers são habilidosos impressores, especializados em uma ou mais tecnologias nobres de reprodução de imagens – empregam materiais de alta qualidade e complexos processos para assegurar impressões de alta durabilidade e fidelidade. 

Exemplos interessantes da era analógica são o famoso estúdio inglês 31 Studio, especializado em impressões de platina e paládio, e responsável por prints maravilhosos da série Genesis, do fotógrafo Sebastião Salgado, o autor e impressor Ctein, extremamente hábil nos processos de transferência de pigmento e Cibachrome (hoje Ilfochrome) usados na impressão de cromos, o legendário Atelier Fresson, criador de sua própria tecnologia de impressão em pigmentos de carbono e o laboratorista brasileiro Silvio Pinhatti, especializado em ampliações PB em papel fotográfico e gelatina de prata.

 

Mas, e na era digital?

Há processos de impressão nobres para imprimir arquivos digitais diretamente, sem a necessidade da produção de um negativo?

 

Sim. A impressão jato de tinta – aquela mesma, da impressora do seu escritório – evoluiu bastante, a ponto de se tornar um processo com alta qualidade e durabilidade; não é toda impressora jato de tinta que faz isso, apenas modelos projetados para a tarefa, e alimentados com tintas específicas e papéis nobres. Mas o resultado impressiona e produz impressões que podem sobreviver a mais de um século, se adequadamente manuseadas.

 

Alguns chamam esse nobre sistema de jato de tinta de “impressão fineart” por si só, enquanto outros usam o termo “giclée” (que significa “spray” em francês, então seria um equivalente ao termo “inkjet”) para distinguir o processo digital das impressões fineart analógicas.  E no que essas máquinas diferem da boa e velha multifuncional que tenho em cima da minha mesa? Embora haja impressoras giclée (mesmo o termo não sendo universal, vou adotá-lo aqui na matéria para que o texto tenha maior clareza) em formato A4 convencional, a maioria imprime em formatos maiores mesmo; as maiores chegam a mais de um metro de boca e imprimem em rolos de papel, o que possibilitaria imensas panorâmicas de 3×1 metros, por exemplo. Mesmo imprimindo em superfícies maiores, a capacidade de reproduzir detalhe permanece inalterada,o que torna o processo muito vantajoso na criação de grandes impressões.
Impressoras

 

A reprodução de cores é um capítulo à parte: enquanto nossas impressoras usam apenas quatro cores (ciano, magenta, amarelo e preto), impressoras giclée utilizam uma variedade muito maior. A HP Designjet Z3200 – outros fabricantes de impressoras atuantes nesse ramo são Epson e Canon – usa 12 tipos diferentes de tinta, incluindo dois tipos de preto e uma espécie de verniz. O resultado é que as impressões podem alcançar cores impossíveis de se obter em outros tipos de impressão digital. As cores também são altamente duráveis, pelo fato das tintas serem baseadas em pigmentos, não em corantes. Pigmentos minerais são colorantes muito mais estáveis quimicamente, e resistentes à ação do tempo, embora sejam muito mais caros e exijam maior cuidado na utilização do que os corantes. Tintas usadas em giclée obedecem a rigorosos controles de consistência,tonalidade e durabilidade, o que faz com que um lote de tinta seja sempre muito próximo a outro.

 

E, por último, mas não menos importante, o papel: papéis usados nesse tipo de impressão precisam atender a diversas exigências de consistência (um lote deve se comportar da mesma maneira que outro), durabilidade (deve ser muito estável quimicamente e não degradar-se ou amarelar facilmente) e composição (para receber a tinta sempre do mesmo jeito, mantendo um padrão de cores e contraste).
Então, nada mais natural do que a produção desses papéis ser especialidade de quem já produzia bons papéis para artes antes da era digital. Fabricantes tradicionais como Canson, Hahnemuehle, Harman e Somerset produzem a maior parte dos papéis fineart do mercado, e, frequentemente, são eles que aferem a estrutura dos ateliers que produzem impressões em giclée, conferindo certificações àqueles que atendem às suas especificações de manuseio.

 

03_thumbs_1500x600px.png

 

04 - Colecionismo

 

O colecionismo fine art pode ser uma ótima opção para colecionadores.

Colecionar é uma atividade que aprimora nossa capacidade de selecionar, organizar, reconhecer padrões e desvios, nos traz satisfação e boas lembranças na medida em que uma coleção nos transporta para lugares muitos caros na memória. 

 

Como nos explica o neurocientista, psicólogo e colecionador Daniel Krawczyk, em seu TED sobre coleções, “o cérebro humano é programado para colecionar coisas”.

Já Maria Isabel R. Lenzi [1] nos informa que:
“Colecionar é uma atividade universalmente difundida. Krzysztof Pomian define coleção como um conjunto de objetos mantidos fora do circuito econômico e guardados sob uma proteção especial, muitas vezes exposto ao olhar público. Lembra também que algumas peças de coleção são fonte de prazer estético, outras permitem a aquisição de conhecimentos e que o fato de possuir uma coleção confere prestígio, pois testemunha o gosto, o refinamento intelectual, ou mesmo a riqueza ou generosidade do colecionador. 
É a hierarquia social que conduz inevitavelmente ao aparecimento das coleções”.

 

Quando o assunto é coleção de arte logo imaginamos as grandes coleções de museus, galerias e demais instituições. Mas a verdade é que não precisamos morar nas grandes coleções. Podemos criar a nossa própria galeria no conforto do nosso lar e para isso a fine art é uma excelente escolha.

 

Obviamente não podemos deixar de lado o aspecto financeiro de uma coleção, ela é um investimento sim. Mas também não podemos nos esquecer das facetas sociais das obras de arte. Elas movimentam todo um ecossistema formado por instituições, artistas, ateliês, estúdios, escolas, estudantes, professores, trabalhadoras/es em geral e ações sociais. Muitas vidas são impactadas pela produção de obras.

 

A convivência e a própria existência desses lugares e atividades interferem diretamente na sociedade.
A memória é essencial para um povo e a arte é uma das principais maneiras de se preservar essa memória.

 

Talvez o que hoje chamamos de arte tenha surgido com um caráter muito mais utilitário, muito mais voltado para a nossa necessidade de registrar nossos aprendizados e garantir a sobrevivência da nossa espécie.

 

As técnicas e usos evoluíram, mas a sua importância, ainda que de pronto não seja percebida, continua mais forte do que nunca. Ainda aprendemos muito com as imagens e, atualmente, mais do que nunca somos cercados por elas.

 

Se olhar para uma obra na parede ainda nos provoca admiração é porque jamais nos esquecemos, bem lá no fundo de nossas células, que as imagens foram a nossa salvação e ainda são.

 

14_thumbs_1500x600px.png

 

05 - Sete mitos sobre a Fine Art

 

Existem alguns mitos sobre a fine art que trazem algumas concepções errôneas sobre o mundo da fine art e o mundo da arte no geral.

O universo mágico da fine art cativa admiradores e artistas há séculos. No entanto, como em qualquer campo, mitos e concepções errôneas podem surgir e obscurecer a compreensão desse fascinante mundo.

Abaixo alguns dos mitos mais comuns sobre a arte fina.

 

Mito 1: O fine art é inacessível

Um equívoco frequente é que o fine art é reservado apenas para os elite. Na realidade, existem opções acessíveis e uma variedade de formatos, permitindo que amantes da arte de todos os orçamentos possam apreciar e colecionar obras finas.

 

Mito 2:  Apenas especialistas em arte podem entender

A apreciação do fine art não requer um diploma em história da arte. Cada pessoa tem uma interpretação única e válida da obra. Por isso, a beleza da arte está na diversidade de perspectivas, e qualquer pessoa pode mergulhar nesse universo sem medo.


Mito 3:  O fine art é limitado a pinturas clássicas

Embora as pinturas clássicas sejam uma parte importante do fine art, o mundo contemporâneo expandiu os horizontes. Além de fotografias de alta qualidade, impressões digitais e esculturas modernas, exite uma variedade de outras artes que também fazem parte desse cenário vibrante.

 

Mito 4:  Todas as impressões de arte são iguais

Não se engane pensando que todas as impressões são iguais. A qualidade varia significativamente, pois, as impressões de fine art são produzidas com técnicas cuidadosas, garantindo durabilidade e fidelidade à obra original.

 

Mito 5:  O fine art não se encaixa em ambientes modernos
Ao contrário do mito, o fine art pode complementar perfeitamente ambientes modernos. Por isso, com uma variedade de estilos, cores e temas, é possível encontrar uma peça de fine art que se encaixe em qualquer decoração contemporânea.


Mito 6: Artistas de fine art não inovam

Os artistas de fine art estão constantemente inovando e experimentando. Sendo assim, novas técnicas, materiais e temas emergem regularmente, desafiando as expectativas e mantendo a arte fina tão emocionante quanto sempre foi.

 

Mito 7: A arte fina não tem valor de investimento

Ao contrário do que alguns pensam, o fine art pode ser uma excelente forma de investimento. Pois, o valor de algumas obras pode aumentar ao longo do tempo, tornando-se um ativo valioso.

 

Conclusão

Desvendar esses mitos comuns sobre o fine art é crucial para apreciar verdadeiramente a diversidade e a riqueza desse mundo. Ao fazê-lo, mais pessoas podem se sentir inspiradas a explorar, colecionar e se apaixonar através dessa forma de expressão única.

Fine art é para todos, e sua beleza está ao alcance de quem ousa mergulhar nesse maravilhoso universo criativo.

 

05_thumbs_1500x600px.png

 

06 - Quanto custa uma impressão Fine Art?

 

Embora acessível a todos, a impressão Fine Art não é um processo barato, especialmente no Brasil. 

O grau de exigência no manuseio, controle de cor e os valores de equipamentos e insumos, muitas vezes importados, acabam refletindo no custo do produto final.

 

O valor da impressão Fine Art cobrado também é proporcional à habilidade e reputação do impressor; embora impressão giclée não seja nem de longe um processo artesanal e complexo como suas contrapartidas analógicas, ainda assim exige um impressor habilidoso e perfeccionista – a impressão digital não é tão simples como parece, e preservar as características originais da imagem em um print de alta qualidade pode ser uma tarefa desafiadora.

 

Mas nem só da impressão se faz o produto: mesmo para o autor, se faz necessário um certo período de adaptação para assimilar o processo. Uma exigência técnica maior, um certo traquejo com gerenciamento de cores e softwares de tratamento de imagem, uma boa pesquisa de materiais – as opções de papéis são imensas, e cada uma tem um branco específico, uma determinada textura e reproduz contraste e cor de maneira diferente.

 

Os valores do papel dependem da área impressa, da quantidade de papel envolvida e da variedade utilizada – as diferenças de preço podem ser gritantes entre papéis de um mesmo fabricante.

 

A quantidade de impressões da mesma arte (séries numeradas ou não), a certificação e a assinatura feita a mão feita pelo autor também são fatores de peso na composição do preço.

 

09_thumbs_1500x600px.png
tarja_ingles.png

fine art print

 

01 - Longevity of fine art prints
02 - Compatibility: paper, canvas and ink
03 - Assuming some definitions
04 - Collecting
05 - Seven myths about Fine Art
06 - How much does a Fine Art print cost?

 

01 - Longevity of fine art prints

Framed and handled properly, fine art prints can reach a longevity of over 150 years.
However, talking about the durability of fine art prints in Megalux-hours is the most technical way of evaluating resistance to light fading. In addition to time, the amount of light received is decisive for the length of the print's useful life.

 

There are criteria for classifying light durability. They are called Conservation Display Ratings or CDR and inform the limits of Megalux-hours that a print can withstand and still remain in excellent condition, that is, where “little or no noticeable fading” is observed.

 

The most stringent conservation exhibition classifications are important to serve as expert guidance for collectors, curators, conservators and artists seeking to ensure the highest standards of handling, storage and display of works of art in their care, so that the artist's original intention is preserved.

 

Fine Art Printing is the process of transferring digital art onto high-quality paper with mineral pigment inks. It has been used worldwide by artists and is required by the most renowned collectors, decorators, museums and galleries.

It is defined by the longevity, conservation and preservation of prints, without loss of quality, color change or fading of inks and paper, when stored in appropriate conditions.

 

The Fine Art standard requires three elements: certified and standardized paper or canvas, mineral pigment inks and a special printer with a modern color management system.

 

The entire printing process requires special care, such as strict management of equipment and supplies used. As the material used is very delicate, handling should only be done with gloves to avoid the risk of your work of art suffering from any more aggressive marks.

Due to all these specificities, Fine Art prints become true works of art, with high-quality reproduction, more vivid colors and resistance to time.

 

02 - Compatibility: paper and ink

On the Freestylephoto website, there is a table with several manufacturers and types of paper, their characteristics, compatibility with the type of ink (dye or pigment) and the rating they give to each one. It is worth learning a little about this universe.

 

To know the recommendations and criteria that produce a long-lasting work, there are some tests that simulate years of exposure to light and the fading of the image on the paper can determine the longevity of the printed image.

 

Research and Tests: Aardenburg Imaging and Archives is a non-profit organization that conducts research and tests related to imaging and printing. You can register for free and have access to the reports and other materials. They are quite technical, but cover several printer models and the most varied types of paper.


03 - Assuming some definitions

Even though they are not unanimous, art and its meanings have always followed nebulous paths, with several divisions and categories. One of these divisions is the one that separates applied arts from fine arts: simplifying a lot, the former would be the production of aesthetically pleasing and creative objects, but with practical, everyday and functional use, while fine arts would be the activities that aim to produce items intended for intellectual stimulation.

 

The division is not always so clear, because architecture is considered one of the fine arts, while engineering would be applied art (or skill) – and both are involved in the construction of a building, for example.

 

On the other hand, crafts such as photography or printing (which after Gutenberg also began to have more utilitarian purposes than the production of engravings) have always had one foot here and the other there, needing to resort to prefixes to define their use; Terms such as “commercial printing” and “fine art printing” show the usefulness of this printing and the degree of care and skill invested in its creation.

 

In the expression “fine art printing”, the skill and nobility (the “fine” in the question, inherited from the times when art did not separate beauty from skill) is linked to the printing process, not to what is being printed. Despite this, what exactly will be printed has a huge weight in defining the usefulness of the final object, which makes this division between “fine art” and “commercial” somewhat foolish if we return to the original definitions of fine arts and applied arts; but the expression stuck, and it has its uses.

 

Illustrations are produced for the most diverse purposes: some are ephemeral by nature and reside in media that are difficult to control in terms of color and reproduction quality, such as illustrations for magazines or even for websites; others are made to last as long as possible and meet high requirements for color, detail and quality – they are collector's items, valuable financially or emotionally.

 

Fineart printers are skilled printers, specialized in one or more noble image reproduction technologies – they use high-quality materials and complex processes to ensure highly durable and faithful prints.

 

Interesting examples from the analog era are the famous English studio 31 Studio, specialized in platinum and palladium prints, and responsible for wonderful prints from the Genesis series by photographer Sebastião Salgado; the author and printer Ctein, extremely skilled in the pigment transfer and Cibachrome (now Ilfochrome) processes used in printing chromes; the legendary Atelier Fresson, creator of its own carbon pigment printing technology; and the Brazilian laboratory technician Silvio Pinhatti, specialized in black and white enlargements on photographic paper and silver gelatin. But what about the digital era?

 

Are there noble printing processes for printing digital files directly, without the need to produce a negative? Yes. Inkjet printing – the same one from your office printer – has evolved a lot, to the point of becoming a high-quality and durable process; not every inkjet printer can do this, only models designed for the task, and fed with specific inks and high-quality paper. But the result is impressive and produces prints that can survive more than a century, if properly handled.

 

Some call this noble inkjet system “fineart printing” by itself, while others use the term “giclée” (which means “spray” in French, so it would be equivalent to the term “inkjet”) to distinguish the digital process from analog fineart printing.

 

And how do these machines differ from the good old multifunction that I have on my desk? Although there are giclée printers (even though the term is not universal, I will adopt it here in the article so that the text is clearer) in conventional A4 format, most print in larger formats; The largest ones reach over a meter in width and print on rolls of paper, which would allow for huge panoramic images measuring 3x1 meters, for example.

 

Even when printing on larger surfaces, the ability to reproduce detail remains unchanged, which makes the process very advantageous for creating large prints.

 

Printers

Color reproduction is a separate chapter: while our printers use only four colors (cyan, magenta, yellow and black), giclée printers use a much wider variety. The HP Designjet Z3200 – other printer manufacturers in this field include Epson and Canon – uses 12 different types of ink, including two types of black and a type of varnish. The result is that prints can achieve colors that are impossible to obtain with other types of digital printing. The colors are also highly durable, because the inks are based on pigments, not dyes. Mineral pigments are much more chemically stable and resistant to the effects of time, although they are much more expensive and require greater care when using them than dyes. Inks used in giclée comply with rigorous controls for consistency, hue and durability, which means that one batch of ink is always very close to another. And last but not least, the paper: papers used in this type of printing must meet several requirements for consistency (one batch must behave in the same way as another), durability (it must be very chemically stable and not degrade or yellow easily) and composition (so that it always receives the ink in the same way, maintaining a standard of colors and contrast).
So it is only natural that the production of these papers is the specialty of those who already produced good art papers before the digital age. Traditional manufacturers such as Canson, Hahnemuehle, Harman and Somerset produce most of the fine art papers on the market, and they are often the ones who assess the structure of the studios that produce giclée prints, granting certifications to those that meet their handling specifications.

 

04 - Collecting

Fine art collecting can be a great option for collectors.
Collecting is an activity that improves our ability to select, organize, recognize patterns and deviations, and brings us satisfaction and good memories, as a collection transports us to very fond places in our memory.

 

As neuroscientist, psychologist and collector Daniel Krawczyk explains in his TED talk on collections, “the human brain is programmed to collect things”.

 

Maria Isabel R. Lenzi [1] informs us that:

“Collecting is a universally widespread activity. Krzysztof Pomian defines a collection as a set of objects kept outside the economic circuit and stored under special protection, often exposed to the public eye. He also points out that some collectibles are a source of aesthetic pleasure, others allow the acquisition of knowledge, and that the fact of owning a collection confers prestige, as it testifies to the taste, intellectual refinement, or even the wealth or generosity of the collector. It is the social hierarchy that inevitably leads to the emergence of collections”.

When it comes to art collections, we immediately imagine the great collections of museums, galleries and other institutions. But the truth is that we don't need to live in the great collections. We can create our own gallery in the comfort of our own home, and fine art is an excellent choice for this.

 

Obviously, we cannot ignore the financial aspect of a collection; it is an investment. But we also cannot forget the social aspects of works of art. They move an entire ecosystem made up of institutions, artists, studios, schools, students, teachers, workers in general and social actions. Many lives are impacted by the production of works of art.

 

The coexistence and very existence of these places and activities directly affect society.

Memory is essential for a people, and art is one of the main ways to preserve this memory.

Perhaps what we call art today emerged with a much more utilitarian character, much more focused on our need to record our learning and ensure the survival of our species.

 

Techniques and uses have evolved, but their importance, even if not immediately perceived, remains stronger than ever. We still learn a lot from images and, today, more than ever, we are surrounded by them.

If looking at a work on the wall still inspires admiration in us, it is because we have never forgotten, deep down in our cells, that images were our salvation and still are.

 

05 - Seven Myths About Fine Art

There are a few myths about fine art that create misconceptions about the world of fine art and the art world in general.

The magical universe of fine art has captivated admirers and artists for centuries. However, as in any field, myths and misconceptions can arise and cloud the understanding of this fascinating world.

Below are some of the most common myths about fine art.

 

Myth 1: Fine art is inaccessible
A common misconception is that fine art is reserved for the elite only. In reality, there are affordable options and a variety of formats, allowing art lovers of all budgets to appreciate and collect fine works.

 

Myth 2: Only art experts can understand
Appreciating fine art does not require a degree in art history. Each person has a unique and valid interpretation of the work. Therefore, the beauty of art lies in the diversity of perspectives, and anyone can immerse themselves in this universe without fear.

 

Myth 3: Fine art is limited to classical paintings
While classical paintings are an important part of fine art, the contemporary world has expanded its horizons. In addition to high-quality photographs, digital prints and modern sculptures, there is a variety of other art that is also part of this vibrant scene.

 

Myth 4: All art prints are created equal
Don’t be fooled into thinking that all prints are created equal. Quality varies significantly, as fine art prints are produced using careful techniques that ensure durability and fidelity to the original work.

 

Myth 5: Fine art does not fit into modern environments
Contrary to the myth, fine art can perfectly complement modern environments. Therefore, with a variety of styles, colors and themes, it is possible to find a fine art piece that fits any contemporary decor.

 

Myth 6: Fine art artists don’t innovate
Fine art artists are constantly innovating and experimenting. As a result, new techniques, materials and themes emerge regularly, challenging expectations and keeping fine art as exciting as it has always been.

 

Myth 7: Fine art has no investment value
Contrary to what some people think, fine art can be an excellent form of investment. The value of some works can increase over time, becoming a valuable asset.

 

Conclusion
Dispelling these common myths about fine art is crucial to truly appreciating the diversity and richness of this world. By doing so, more people can feel inspired to explore, collect and fall in love with this unique form of expression.

Fine art is for everyone, and its beauty is within reach of those who dare to delve into this wonderful creative universe.

 

06 - How much does a Fine Art print cost?

Although accessible to everyone, Fine Art printing is not a cheap process, especially in Brazil.
The level of demand in handling, color control and the cost of equipment and supplies, often imported, end up reflecting on the cost of the final product.

 

The price charged for Fine Art printing is also proportional to the skill and reputation of the printer; although giclée printing is not nearly as artisanal and complex a process as its analog counterparts, it still requires a skilled and perfectionist printer – digital printing is not as simple as it seems, and preserving the original characteristics of the image in a high-quality print can be a challenging task.

 

But the product is not made by printing alone: ​​even for the author, a certain period of adaptation is necessary to assimilate the process. Greater technical requirements, a certain level of experience with color management and image processing software, and good research into materials – there are a huge number of paper options, each with a specific white color, a specific texture, and a different way of reproducing contrast and color.

 

Paper prices depend on the printed area, the amount of paper involved, and the variety used – price differences can be striking between papers from the same manufacturer.

 

The number of prints of the same artwork (numbered or unnumbered series), certification, and the handwritten signature of the author are also important factors in determining the price.